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  • Foto do escritorRamiro Araújo

10 Escritoras e livros pra você entender o que é empoderamento feminino

Atualizado: 16 de jul. de 2023

Preparamos para você uma curadoria livros, autoras e pesquisadoras sobre o empoderamento feminino. Bora conferir?


1. Priscila Kikuchi Campanaro (1984 - )



Pesquisadora brasileira, cientista social, teóloga, professora, criadora e curadora do @teoriafeministadecolonial. O Teoria Feminista trabalha especificamente com uma proposta de curadoria de conteúdos feministas em perspectiva feminista de(s)colonial.


Pra entender o que é perspectiva decolonial:


"A busca de alternativas à conformação profundamente excludente e desigual do mundo moderno exige um esforço de desconstrução do caráter universal e natural da sociedade capitalista-liberal.


Isso requer o questionamento das pretensões de objetividade e neutralidade dos principais instrumentos de naturalização e legitimação dessa ordem social: o conjunto de saberes que conhecemos globalmente como ciências sociais."


(A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais - perspectivas latino-americanas | Edgardo Lander).


Os materiais, os estudos, as pesquisas e as reflexões desenvolvidas por Priscila estão disponíveis nas redes sociais do projeto:


2. Ivone Gebara (1944 -)



Filósofa e teóloga feminista brasileira. Ivone começou ainda muito nova a desconstruir e a questionar o papel da mulher no mundo, na sociedade e na igreja, mesmo fazendo parte de uma congregação religiosa.


Sua vasta participação na produção de cursos e palestras, tanto no Brasil quanto no exterior, resultou em grandes pesquisas abordando categorias como: patriarcalismo histórico na cultura judaico-cristã, na organização eclesiástica, na teologia católica e sobre o ecofeminismo. Essas são algumas de suas obras:



O livro traz sessenta crônicas escritas durante a última década. Trata-se de textos na área de gênero, sociedade, problemas sociais, ética, sempre em relação com a religião.



O livro analisa o fato de Deus, considerado o criador de tudo, símbolo de justiça e misericórdia, sempre foi afirmado nas diferentes culturas e religiões, incluindo o cristianismo, como um ser masculino e como o feminino tornou-se secundário.


A autora pesquisa a dominação masculina nas culturas religiosas monoteístas como causa para essas afirmações, e busca a reflexão para novas relações entre o feminino e o masculino.


Entre outros livros recentes da autora:



3. Maria Aparecida Schumaher (1952 -)



Pedagoga e militante feminista brasileira. Coordenadora do REDEH (Rede de Desenvolvimento Humano), localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro - RJ. Organizou o Dicionário Mulheres do Brasil, que reúne 500 verbetes sobre 900 mulheres que tiveram impacto sobre a história do Brasil.

O livro faz parte do projeto Mulher 500 Anos Atrás dos Panos, e reflete 500 anos de luta e conquista de direitos conquistados pelas mulheres.




4. Simone de Beauvoir (1908 - 1986)



Professora, escritora, filósofa, feminista e teórica existencialista francesa. Indiscutivelmente uma das grandes precursoras do feminismo no século XX. Além da militância pelas mulheres, destaca-se no movimento existencialista francês do século XX.



O livro foi pioneiro e causou grande comoção por seu feminismo audacioso, foi considerada uma das obras que elegeu a autora como grande pensadora mundial.


"A antropóloga Mirian Goldenberg, a historiadora Mary Del Priore e a filósofa Djamila Ribeiro abordam, em textos inéditos, a importância da obra ao longo das décadas. O livreto extra traz também o impactante ensaio Quem tem medo de Simone de Beauvoir?, da filósofa Marcia Tiburi, e uma entrevista com Sylvie Le Bon de Beauvoir, herdeira e editora da escritora francesa, publicada pela Cult. O material conta ainda com fotos que perpassam a vida de Simone de Beauvoir, uma das mentes mais brilhantes do século XX."



5. Angela Davis ( 1944 - )



Professora e filósofa estadunidense, ganhou notoriedade, visibilidade e conceito participando dos movimentos sindicais e políticos nos Estados Unidos e lutando pelas causas sociais, raciais e femininas.


De suas publicações, destacam-se três delas:



Autobiografia lançada em 1974, quando a autora tinha apenas 28 anos, e que reflete as lutas sociais ocorridas nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos. A obra narra a trajetória de Angela Davis, "da infância à carreira como professora universitária, interrompida por aquele que seria considerado um dos mais importantes julgamentos do século XX e que a colocaria, ao mesmo tempo, na condição de ícone dos movimentos negro e feminista e na lista das dez pessoas mais procuradas pelo FBI".


A obra nos ajuda a entender sobre como funcionam as opressões em diversos grupos de nossa sociedade capitalista, desde a escravidão, e quais são as suas consequências, passando pela desumanização da mulher negra e


"nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Denuncia o encarceramento em massa da população negra como mecanismo de controle e dominação."


O livro trata das lutas históricas do movimento negro e do feminismo negro, do sexismo, nos Estados Unidos. Relaciona essas lutas aos movimentos atuais do abolicionismo prisional com a luta anticolonial da Palestina.




6. Lélia Gonzalez (1935 - 1994)



Magnífica brasileira que desbravou grandes estudos sobre a Cultura Negra no Brasil, co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Olodum.



Lélia foi filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e umas das precursoras do movimento feminista.


Seus textos foram produzidos durante "um período efervescente que compreende quase duas décadas de história — de 1979 a 1994 — e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora."


7. Chimamanda Ngozi Adichie ( 1977 - )



Feminista e escritora Nigeriana. Grande influenciadora da literatura africana e de estudos feministas, teve suas obras traduzidas para mais de trinta idiomas.


Com grandes contribuições acadêmicas à sociedade, Chimamanda já ganhou vários prêmios.


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Neste ensaio, Adichie reflete sobre o que é ser feminista no século XXI e trava uma luta sobre como o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres.


"A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos.
E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."

A autora comenta sobre quando foi identificada pela primeira vez como "feminina", e de como esse termo era associado a algo negativo, pejorativo e associado a desaprovação, intolerância e violência.


"Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "anti-africanas", que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens.



8. Betty Naomi Goldstein (1921 - 2006)



Popularmente conhecida como Betty Friedan nasceu em Washington, EUA. Destacou-se por sua militância em relação à vida, aos direitos humanos e aos direitos das mulheres.



A obra trata de uma profunda investigação sobre uma onda chamada de problema sem nome, um "vazio existencial que afetava mulheres heterossexuais brancas estadunidenses, moradoras de subúrbios de classe média, que não podia ser suprido por um casamento perfeito, pelo alto padrão de vida ou por filhos e que elevou os índices de alcoolismo e transtornos mentais nos Estados Unidos após a Segunda Guerra."


Eram mulheres consideradas frívolas, excluídas das decisões políticas e sociais, embora fossem estudadas e tivessem frequentado a faculdade. É considerada a obra que inaugurou a chamada segunda onda do feminismo, e que traz por meio de entrevistas e reflexões a partir de publicações da mídia.



9. Judith Butler (1956 - )



Professora, filósofa e uma das principais teóricas contemporâneas do feminismo e da Teoria Queer. Essa teoria diz que a identidade e a orientação sexual dos indivíduos são fruto de uma construção social, não possuem relação com um papel sexual biologicamente definido. Ou seja, existem várias formas de se desempenhar um papel sexual, ou vários.


Nascida em Ohio, EUA, Butler é um dos nomes mais essenciais na teoria de gênero contemporânea e também, é uma das autoras pioneiras da teoria queer.



Esse livro, de 1990, funda a Teoria Queer ao tratar sobre o que é a identidade feminina. "Para Butler, não é possível que exista apenas uma identidade: ela deveria ser pensada no plural, e não no singular. Ou ainda, não é possível que haja a libertação da mulher, a menos que primeiro se subverta a identidade de mulher. Para a autora, sexo passa também a ser uma categoria social e culturalmente construída, e gênero, uma categoria performativamente construída."


A autora nos convida a entender:


O que é ser homem e o que é ser mulher?
O que faz um homem ser homem e o que faz de uma mulher uma mulher?


10. Adeline Virginia Woolf (1982 - 1941)



Escritora e ensaísta romancista natural de Londres. Recentemente, alguns pesquisadores contemporâneos debruçaram-se sobre alguns estudos a respeito da vida e das obras de Virginia Woolf que focam os temas feministas e lésbicos no seu trabalho.


Os livros de ensaios mais famosos de Woolf são Um Quarto Todo Seu (1929) e Três Guinéus (1938).



São ensaios publicados em 1929, que trazem a reflexão sobre como as condições sociais da mulher, ou seja, a posição ocupada pelas mulheres na sociedade, influenciam a produção literária feminina, além das condições de acesso das mulheres à educação e a forma como essa produção era recebida com indiferença pelo público na época.


Está entre os 100 melhores livros do século, segundo o jornal parisiense Le Monde.


 

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